O Sofista bocejou com a ética
Modernizou-se e criou a quadrícula
adormeceu à sombra da estética
vai acordar um dia, na posição mais ridícula.
O ocidente globalizador e globalizante
estendeu os tentáculos sugadores à sua aldeia
consumindo 98 octanas com o fogo de Dante
dissecando o sangue de Gaia, tirando-lheo ar na apneia.
O Ser nascia da terra em Outrora
crescia na segurança da pedra intemporal
brincava com paus ao Sol da Aurora
abrigava-se em cerâmica, era simples e funcional.
Ora por agora
nasce na laje de betão
pintada de verde e castanho
e antes de ser anho
cresce na ilusão
da vinda de algo que demora.
David Oliveira, 23 de Fevereiro de 2006
(Comentário crítico ao texto do Professor Doutor Jacinto Rodrigues intitulado "Arquitectura e construção - Uma questão urgente", no âmbito da disciplina de Seminário da Faculdade de Arquitectura da Universidade Fernando Pessoa)
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