segunda-feira, outubro 24, 2005

"Pyrheliophero"



O "Pyrheliophero". A pioneira máquina solar com que em 1904 o Padre Himalaya recebe o Grande Prémio da Exposição Universal de St. Louis, nos Estados Unidos da América.
Fotografia obtida do livro "A Conspiração Solar do Padre Himalaya" de Jacinto Rodrigues, Porto, Edição da Cooperativa Árvore, 1999

sexta-feira, outubro 14, 2005

Quem foi o Padre Himalaya? Uma entrevista com Jacinto Rodrigues



Entrevista concedida ao Portal das Energias Renováveis (PER)(http://www.energiasrenovaveis.com)


Quem era o Padre Himalaya?

Era um cientista, natural de Cendufe, Arcos de Valdevez, nascido em 1868 e que morreu em 1933.
Interessou-se pelas energias renováveis e por processos de organização territorial, nomeadamente sistemas de irrigação, plantação de árvores e sistemas urbanos que antecedem as preocupações actuais em torno do que se chama hoje o ecodesenvolvimento.

O que o fez dedicar-se à obra do Padre Himalaya e à sua divulgação?
A actualidade das suas preocupações em relação às energias renováveis e a necessidade de promover um outro tipo de desenvolvimento, oposto ao crescimento económico baseado em energias fósseis, esbanjamento, poluição e exclusão social.

Quais as principais invenções do Padre Himalaya?
A invenção mais conhecida do padre Himalaya é o pireliófero ou seja a máquina solar que, em 1904 ganhou o grande prémio na exposição de St. Louis nos E.U.A.
Seguiram-se outras invenções que também foram amplamente conhecidas na sua época, tais como as várias patentes relacionadas com explosivos. Outras patentes menos conhecidas referem-se a processos de obtenção de farinhas alimentares e rações para animais à base de crustáceos. Igualmente pouco conhecidas são as patentes relacionadas com motores: o turbo-motor e o motor a gás pobre.
Existem também inovações ou outras invenções que não se traduziram em patentes mas que, eventualmente, constituíram experiências criativas que podem ainda ser motivo de novas pesquisas. Refiro, nomeadamente, um sistema de canhões com um processo complexo de misturas explosivas que deveriam provocar chuva artificial.Lembro ainda que o Padre Himalaya fez investigações sobre o aproveitamento da energia solar através de fotopilhas. Apenas se conhecem breves esquissos.
É de assinalar ainda tratamentos fitoterápicos e propostas de medicina naturopata que o motivaram ao longo de toda a sua vida como terapeuta.

Qual a razão porque os portugueses nunca tinham ouvido falar desta peculiar personagem científica portuguesa?
Razões contextuais que têm a ver com o facto de ser um padre que era simultaneamente pro-republicano e eventualmente maçónico. Por outro lado, dedicou-se à energia solar no momento em que o modelo baseado no petróleo estava a fazer a sua ascensão e determinaria todo o processo industrial e civilizacional do capitalismo.
É também possível que alguns dos seus inventos, que não tiveram aplicação prática imediata e outros que suscitaram enorme controvérsia, tenham contribuído para uma aura de génio incompreendido neste personagem cuja actuação na sociedade foi, muitas vezes, contra-corrente.

Acha que o Padre Himalaia teve o devido reconhecimento científico em Portugal?
O Padre Himalaya, pelo facto de desenvolver a sua problemática num paradigma ecotecnológico nunca foi compreendido por uma sociedade hegemonicamente positivista e mecanicista, baseada numa tecno-ciência à base das energias fósseis. Por outro lado, a sociedade cultural em que viveu, dificilmente estava aberta a um homem que, conservando-se padre católico, tinha contudo anti-corpos no clero por ser aberto ao laicismo e ter um ponto de vista mais liberal do que a igreja do seu tempo.
Também a sociedade republicana e anti-clerical via com desconfiança um cientista que continuava padre.

Como surge o título do seu livro: “A conspiração solar do padre Himalaya”?
Este título é propositadamente ambíguo pois pretende referir um enquadramento repressivo do paradigma das energias fósseis face a uma proposta científica e cultural baseada nas energias renováveis, em especial na energia solar. Por outro lado, este título refere também que a persistência na defesa da energia solar por parte do Padre Himalaya, permitiu consolidar um pensamento contra-corrente que está vir ao de cima nos nossos dias com a emergência do paradigma ecológico que estamos a viver.
A sua invenção mais curiosa e espectacular é o pirelióforo.

Qual é a razão no seu entender para que o Padre Himalaya tenha desenvolvido a sua investigação na direcção da energia Solar?
O Padre Himalaya referiu vários objectivos ao dedicar-se à energia solar: energia gratuita e generalizada a todo o planeta.
Pretendia obter energia térmica para o funcionamento de motores a vapor que fossem capazes de desenvolver energia motora, nomeadamente para obtenção de electricidade.
Pretendia também utilizar as altas temperaturas para aplicação na siderurgia.
Pretendia ainda a utilização de altas temperaturas para a transformação do azoto em nitratos, úteis à agricultura.

O primeiro protótipo desse pirelióforo da sua autoria foi apresentado em Sorède. Porquê?
O primeiro protótipo foi apresentado em Neully-Paris, entre 1899 e 1900.Foi em Julho e Agosto de 1900 que apresentou um segundo protótipo, em Sorède. Era muito maior e o Padre Himalaya quis testá-lo numa zona conhecida pela sua exposição solar- os Pirinéus Orientais. Razões de ordem ainda desconhecida permitiram uma relação entre o Padre Coll e o Comandante Bazeries que favoreceram a permanência nesse local.

Passados 100 anos da sua grande invenção, o “Pireilióforo”, quais os avanços científicos nesta área?
Deram-se passos seguramente muito importantes no domínio da energia solar. Basta observar o forno solar de Odeillo, o projecto Themis e outros, para se revelarem os avanços técnicos desta invenção do Padre Himalaya, que os antecedeu.

O trabalho do Padre Himalaya é de tão elevado alcance que merecia mais do que um livro. Será que Portugal pode aprender alguma coisa com a dedicação deste cientista?
Penso que, essencialmente, para além da contribuição eco-tecnológica do Padre Himalaya é importante assumir hoje alguns dos aspectos mais importantes do seu discurso teórico, em relação, nomeadamente, à educação e ao desenvolvimento ecologicamente sustentado.
Assim, o Padre Himalaya desenvolveu ideias concretas sobre processos de formação pedagógica e profissional que deveriam levar à criação de quintas escolares, possibilitando uma relação constante entre os alunos e as actividades com a natureza.
O associativismo e o cooperativismo, à escala regional, nacional e internacional deveriam levar à criação duma sociedade sem exclusão social.
Uma dietética mais centrada sobre a alimentação vegetariana e uma medicina profiláctica centrada na naturopatia, constituíam preocupações essenciais que o Padre Himalaya defendeu e praticou.

Professor Doutor Jacinto Rodrigues (Professor Catedrático da Universidade do Porto)

domingo, outubro 09, 2005

O desenvolvimento Ecologicamente Sustentado...

Alternativa ao Capitalismo na Era da Globalização
Por Jacinto Rodrigues

Resumo:
Não é possível construir uma sociedade de justiça social sem mudança do modelo territorial energético, baseado na sustentabilidade ecológica.A ecologia, como fundamento substantivo da política e da técnica, torna-se essencial para a alternativa ao paradigma do capitalismo na fase da globalização.

Palavras-chave:
Desenvolvimento ecologicamente sustentado
Ecodesenvolvimento
Eco-ciência planetária

Mesmo para o cidadão comum, de hoje, é uma evidência constatar a evolução do capitalismo e reconhecer a especificidade desta etapa que se designa de globalização. Porém, a questão essencial é saber se a natureza do sistema capitalista mudou.
a) Será que desapareceram a exploração, dominação e as injustiças sociais que advêm desse modelo social?
b) Encontrou este modelo capitalista um processo de concertação dos seus antagonismos, inerentes ao seu processo de funcionamento?
c) Que ocorreu em relação à capacidade de resposta dos grupos sociais explorados e dominados, aos novos processos de economia transnacionalizada na sua nova fase do capitalismo financeiro, “financiarização”, de cibernetização tecnológica, “informatização” e alargamento manipulatório “mediatização”? (AMIN 1997)
No estado actual, a etapa da globalização alargou a economia de mercado para uma fase cada vez mais gravosa para com o equilíbrio da biosfera. O valor de uso dos produtos tornou-se presa de interesses financeiros dominantes. O oligopolismo, ou seja, o capital financeiro sobrepôs-se à lógica de investimentos produtivos. A geopolítica do capital transnacionalizado impôs modelos sociais/militares e tecnológicos mundializados.
A generalização de uma tecnologia que produza um antagonismo crescente em relação à biosfera.
Esse antagonismo crescente revela-se essencialmente pelo facto de que este modelo tecnológico funciona como uma predacção exterminadora dos bens planetários criando simultaneamente resíduos superiores à reciclagem de que dispõe a biosfera.
Os eco-sistemas são violentados pelo alargamento duma tecnologia produtora de esgotamento energético e matérias-primas, ao mesmo tempo que gera lixos tóxicos.
A generalização desse antagonismo capitalismo versus natureza, acompanha e agrava outros antagonismos essenciais. Cresce o fosso ente os grupos cada vez mais reduzidos, detentores do meios de dominação, produção e alienação e o resto da sociedade que, por sua vez, se decompõe em grupos sociais integrados e outros excluídos.
Cresce o fosso entre regiões onde o crescimentos se realizou à custa da periferia despojada dos seus próprios meios naturais de subsistência.
Por outro lado, ocorrem antagonismos também entre os próprios detentores do capital porque a concentração e a concorrência inerente ao modelo mercantil acentua rivalidades em torno da conquista do poder dominante. A concentração faz-se através do aniquilamento dos mais fracos que têm de se sujeitar a essa geo-estratégia de concentração.
O modelo tecnológico, aparece com uma lógica de produtivismo quantitativo que insinua um progresso social. A tecno-ciência mecanicista/positivista (sem uma base ecológica e assente na energia fóssil e na poluição) constitui a trama essencial da produção. Com efeito, dos transportes à agro-indústria, o modelo tecno-científico hegemoniza o tipo de crescimento da economia capitalista.
O sistema de ensino do Estado, privado ou empresarial, constitui um pilar de reprodução do próprio sistema. A socialização cultural é substituída pela institucionalização escolar. Esses referentes paradigmáticos interferiram na estrutura cognitiva, criando e reflectindo uma concepção de ciência e de cultura. Os “epistemes” são produzidos e reproduzidos nesta “grelha de interpretação” (WALLACE 1963) que interessem a manutenção social.
A organização territorial consolida a integração social de maiorias e exclusão de minorias não adaptativas.A concentração urbana caracteriza esse habitat alheado do eco-sistema. Mas a organização territorial desta fase de globalização tem gerado dispositivos topológicos (FOUCAULT, 1976) que constituem formas de integração e de dominação cada vez mais sofisticadas. A maquilhagem formal, a espectacularidade das edificações, escondem adestramentos comportamentais das populações e marcam com geo-estratégias complexas, a reprodução alargada da força de trabalho, o domínio manipulatório e/ou compulsivo de hábitos (BOURDIEU-PASSERON, 1964)), de formas de vida e de consumo.
Durante o processo da mundialização da economia capitalista, através das formas coloniais ou neo-coloniais, as sociedades tradicionais de economia de subsistência apresentaram, e apresentam ainda hoje, resistências à imposição desse modelo capitalista, social, tecnológico, territorial e educativo.
Essas sociedades tradicionais não têm actividades puramente económicas. A caça e a agricultura são actividades familiares e comunitárias. Como refere Polanyi, (POLANYI, 1980) os princípios dessas sociedades vernaculares são formas de reciprocidade que estabelecem um tecido de obrigações mútuas estreitando os laços entre os membros da comunidade. (Goldsmith, 1995)
A tecnologia e o habitat das sociedades vernaculares constituem as formas de estar duma sociedade em busca da auto-suficiência, que obedece às imposições do nicho ecológico em que a comunidade se insere.
O processo educativo na sociedade, confunde-se com a socialização, vigorando o processo de adaptação à comunidade e ao eco-sistema de que são dependentes.
O processo colonial e neo-colonial instaura-se essencialmente pelo sistema tecnológico e pelos novos dispositivos territoriais. São estes elementos fortes que facilitam a “pilhagem” e produzem a catástrofe das populações nativas.
O habitat e a tecnologia tradicionais, não produziam esgotamento dos bens naturais. Os detritos eram reciclados pelo ecosistema local.
A transmissão de doenças era menos fatal nas comunidades isoladas do que em populações concentradas e em situações degradadas das aglomerações urbanas.
As relações de economia de mercado vieram acelerar a desintegração dos ecosistemas pois os valor de uso ao ser substituído por valor de troca, provocou a delapidação das florestas, aumentou a desertificação e intensificou processos de concorrência que levaram a conflitos étnicos e às guerras.
Ao estabelecermos estas constatações sobre as sociedades vernaculares não queremos, contudo, considerá-las isentas de limitações e portanto não é nosso ensejo apresentá-las como o paradigma alternativo ao modelo técnico-científico do capitalismo.
As ideologias colonial e neo-colonial esforçaram-se em tecer juízos de valor sobre as sociedades vernaculares, querendo ddemonstrar a supremacia do modelo cultural e civilizacional dos países de economia dominante. Foi o pretexto para legitimarem a colonização. Foi e é o discurso ideológico dominante.
Quisemos caracterizar a situação das sociedades vernaculares mostrando como as sociedades colonizadoras, contribuíram para o desequilíbrio entre o homem e a biosfera.
O que se pretende nesta comunicação é formular uma decifração ecológica dos paradigmas entre essas sociedades, que ultrapasse a mera análise “económica”. Por isso formular uma alternativa significa ultrapassar os quadros referenciais do paradigma científico e moderno. Significa também ultrapassar antigos paradigmas em que a sujeição da humanidade ao envolvimento ecosistémico era quase total.
Ultrapassar a atitude destruidora do modelo capitalista e ultrapassar a atitude adaptativa do modelo de sociedade tradicional é o desafio que se põe para a formulação dum paradigma futurante.
Entre destruição e sujeição existe a possibilidade de uma sociedade capaz de integrar os ecossistemas de um modo activo, de maneira a tornar mais conscientes as relações dos homens com os seres vivos e com o biótopo.
O alargamento da consciência planetária, o aparecimento de propostas ecotécnicas (energias renováveis e uma produção com resíduos recicláveis) e ainda o surgimento das novas formas de organização territorial ecologicamente sustentada, permitem apontar como possível, esta “utopia” social, baseada no desenvolvimento ecologicamente sustentado.Para isso há que encarar as soluções para os antagonismos sociais mas também formular, simultaneamente, respostas às conflitualidades na biocenose e entre a biocenose e o biótopo.
Não existem portanto, soluções político-económicas em estrito senso. Política e economia enquadram-se numa eco-política mais geral, como seja a gestão do próprio planeta. Em última instância é de uma eco-sofia em processo a que teremos de recorrer para esta hipótese alternativa de paradigma.
A história da humanidade aparece apenas como um processo parcelar duma mais vasta aventura planetária. No entanto, para a humanidade, as experiências já vividas nos diferentes modos de produção, nos diversos complexos tecnológicos e energéticos, nos diversos paradigmas político-filosóficos, permitem experiência e teoria para o desenvolvimento futuro.
As aspirações por uma sociedade mais justa e solidária, ficaram assinaladas ao longo da história, por grandes movimentos de libertação. Estes movimentos sociais, só de uma forma vaga e às vezes paradoxal, referenciaram a problemática ecológica. Essas aspirações confundiram-se, umas vezes, com o mimetismo passivo à mãe terra, outras vezes, com o grito Prometaico, portador da sociedade industrial. Outras vezes ainda, ao contrário, orientaram-se para uma sabotagem do surto tecno-científico do sistema fabril.
Com o advento da teoria ecológica, reformulam-se os quadros da ciência positivista e das ideologias sociais. Reencontramos proximidades entre a geo-cosmogonia mágica nativista e as revelações duma complexidade holística da teoria ecológica. Mas há diferenças qualitativas no alargamento da consciência planetária e na capacidade de controlo da humanidade para o equilíbrio ou desequilíbrio entre a organização social e a biosfera.
Se, através da tecnociência se conseguiram autênticos massacres na biosfera, criando a poluição generalizada, a devastação das florestas, a desertificação dos solos, a contaminação das águas, a partir da investigação eco-técnica é possível a produção de protótipos de energias renováveis que não esgotem os bens naturais nem poluam o planeta.
A evolução do conhecimento nas ciências do território, permite a implantação de novos habitats integrados no ecosistema.
O habitat, território, desenvolvimento, bioagricultura, ecotécnica, produção e reciclagem, são corolários sistémicos para um desenvolvimento ecologicamente sustentado.
É nesta configuração territorial e com estes novos dispositivos eco-tecnológicos que se podem propiciar novos comportamentos e atitudes solidárias mais consentâneas com as aspirações de justiça social.
Estes lugares matriciais podem assim, facilitar uma socialização solidária, uma eco-territorialização e uma eco-técnica imprescindíveis para a concretização desta utopia realizável.Esta utopia não é um “modelo”. É um processo de mudança alternativa à sociedade tradicional de subsistência e à sociedade de globalização do capitalismo neo-liberal.
No terreno prático, o que se pretende, neste artigo, é defender o eco-desenvolvimento (SACHS, 1995) como alternativa para qualquer das sociedades. Qualquer que seja a etapa de crescimento, terá que ter uma opção tecnológica e territorial ecologicamente sustentável que possa auferir experiência prática, teórica e científica da humanidade.
As sociedades vernaculares ou tradicionais, têm uma proximidade material das preocupações ecológicas. Mas, ao mesmo tempo, encontram-se longe das opções reflexivas que podem garantir pela eco-técnica actual, uma melhoria das tecnologias apropriáveis, tradicionais. Contudo, nas sociedades do capitalismo global, será necessária a reconversão da tecnociência à ecotécnica. Terá que surgir uma “medicina planetária” (LOVELLOCK, 1998) capaz de curar as mazelas do crescimento produtivista.
Cresceram os perigos gerados pelo modelo de crescimento. A vida quotidiana dos cidadãos é cada vez mais marcada pelos desastres ecológicos, quer sejam alimentares quer sejam climatéricos.
Há cada vez mais movimentos que tomam consciência planetária desses perigos e mais claramente surgem alternativas concretas no domínio da eco-técnica, da organização territorial e do modo de vida. São experiências exemplares que tendem a multiplicar-se.Novas formas organizativas, como redes não hierarquizadas onde a unidade se estabelece pelo direito à diferença, despontam em todos os países. Da federação destas organizações e da participação duma “ciência cidadã” (IRWIN 1998) surgem já expressões dum internacionalismo solidário no desenvolvimento ecologicamente sustentado, visível em Seatle e Porto Alegre.

Referências bibliográficas
(1)Amin, Samir, “Imperialismo e Desenvolvimento Desigual”, 1998, Ed. Ulmeiro“Eurocentrismo”, 1999, Ed. Dinossauro“Desafios da Mundialização”, 2001, Ed. Dinossauro
(2) Bourdieu-Passeron, “Les Heretiers”, 1964, Ed. Minuit, Paris
(3) Foucault, Michel, “La gouvernementalité” in « Magazine Litteraire », nº 269, 1998« Surveiller et Punir », 1976, Ed. Gallimard, Paris
(4) Goldsmith, Edouard “Desafio ecológico”, 1995, Ed. Inst. Piaget
(5) Irwin, Alane, “Ciência Cidadã”, 1998, Ed. Inst. Piaget
(6) Lovellock, James, “Ciência para a Terra”, 1998, Ed. Terramar
(7) Polanyi, K. “The Great Transformation”, 1980, N.Y.
(8) Sachs, Ignacy, “Norte-Sul: Confronto ou Cooperação?” in “Estado do Ambiente no Mundo”, 1995, Ed. Inst. Piaget
(9) Wallace, A.F.C. “Culture and Personality”, 1963, Ed. Rondon House, N.Y.
Artigo da autoria de:
Professor Doutor Jacinto Rodrigues, catedrático da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. 2005

quinta-feira, outubro 06, 2005

IV SIACOT - Seminário Ibero-Americano de Construção com Terra (Monsaraz)



Irá ter início amanhã, dia 7 e prolongar-se-á até dia 12, o IV SIACOT - Seminário Ibero-Americano de Construção com Terra, organizado pela Associação Centro da Terra. A este propósito, damos a conhecer um interessante livro sobre esta temática. O autor é Jean Dethier, e o título é: «Arquitecturas de Terra, ou o futuro de uma tradição milenar», editado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

terça-feira, outubro 04, 2005

Experiências de construção em terra em Boassas



O Professor Doutor Jacinto Rodrigues e o Mestre Arq. Pinto de Faria, deitaram mãos à obra (neste caso à terra) e experimentaram a execução de vários tipos de tijolos de adobe (terra com barro/cal/gesso/goma de cacto/palha, etc.). Foi em Boassas, no final de Agosto.